Pesquisa da Fiocruz revela que a faixa etária de 15 a 29 anos concentra mais de 260 mil hospitalizações por transtornos mentais, com destaque alarmante para a dependência química, especialmente entre os homens.
São Paulo, 8 de Dezembro de 2025 — A saúde mental da juventude brasileira está em alerta máximo, conforme demonstrado por um novo levantamento da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Dados referentes ao período de 2022 a 2024 revelam que a faixa etária de 15 a 29 anos lidera as internações por transtornos mentais no Sistema Único de Saúde (SUS), somando impressionantes 262.606 hospitalizações.
O estudo aponta uma taxa de 579,5 casos por 100 mil habitantes neste grupo, sendo os homens os mais afetados, representando 61,3% do total de internações.
O fator que mais impulsiona as internações masculinas é o abuso de substâncias psicoativas, responsável por 38,4% dos casos. A pesquisa detalha que 68,7% desses registros envolvem o uso combinado de diferentes drogas. Na sequência dos motivos de internação para jovens do sexo masculino, aparecem a cocaína (13,2%) e o álcool (11,5%).
Para ambos os sexos, os dois principais motivos de hospitalização são os transtornos esquizofrênicos e o abuso de substâncias, cada um correspondendo a pouco mais de 30% dos atendimentos. Entre as mulheres, contudo, os transtornos do humor (depressão e ansiedade) se destacam, totalizando 36,7% dos casos, com a depressão respondendo por 61% dessas ocorrências.
Os dados da Fiocruz, que cruzaram bases do SUS e informações do Censo 2022 do IBGE, mostram que as taxas de internação se agravam com o avanço da idade dentro da própria juventude:
20 a 24 anos: 624,8 por 100 mil habitantes.
25 a 29 anos: 719,7 por 100 mil habitantes (taxa que supera faixas etárias acima dos 30 anos).
Outro ponto de preocupação é a baixa adesão dos jovens aos serviços de saúde mental na atenção primária, onde apenas 11,3% dos atendimentos registrados tratam dessas demandas, muito abaixo da média geral da população (24,3%). Fatores como estigma social, desigualdades e a facilidade de acesso às substâncias contribuem para o agravamento deste cenário.
A pesquisa também lança luz sobre o risco de suicídio na faixa de 15 a 29 anos, com uma taxa de 31,2 mortes por 100 mil habitantes, superior à média nacional (24,7). Entre os povos indígenas, a situação é ainda mais crítica.
O estudo da Fiocruz sugere que sintomas persistentes de tristeza, alterações de comportamento e o uso diário de substâncias são sinais de alerta. Embora a internação hospitalar seja necessária em casos graves de depressão ou risco de suicídio, nos quadros de dependência química, o tratamento ambulatorial contínuo tende a ser mais eficaz que internações involuntárias sem continuidade de cuidado pós-alta.
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08/12/2025 —
Da Redação
Um levantamento da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) revelou que jovens entre 15 e 29 anos lideram as internações psiquiátricas no Sistema Único de Saúde (SUS), especialmente por transtornos relacionados ao uso de drogas. Entre 2022 e 2024, essa faixa etária acumulou 262.606 internações por questões de saúde mental — o equivalente a 579,5 casos por 100 mil habitantes.
Os homens concentram a maior parte desses atendimentos. Eles representam 61,3% das internações, com uma taxa de 708,4 casos por 100 mil jovens — número 57% superior ao registrado entre mulheres. O abuso de substâncias psicoativas aparece como principal causa entre os pacientes do sexo masculino, respondendo por 38,4% das internações. Em 68,7% dos casos, há uso combinado de diferentes drogas. Na sequência, destacam-se internações relacionadas à cocaína (13,2%) e ao álcool (11,5%).
De forma geral, dois grupos de transtornos predominam nas internações da juventude: esquizofrenia e abuso de substâncias, ambos somando pouco mais de 30% dos atendimentos. Entre as mulheres, no entanto, os transtornos de humor — como depressão e ansiedade — são os mais frequentes, representando 36,7% das internações. A depressão aparece isoladamente em 61% desses casos.
O estudo, baseado em dados do SUS e no Censo 2022 do IBGE, aponta ainda que as taxas de internação aumentam conforme a idade avança dentro do próprio grupo jovem. Entre pessoas de 20 a 24 anos, o índice chega a 624,8 por 100 mil habitantes, saltando para 719,7 na faixa de 25 a 29 anos — superando inclusive índices de adultos acima de 30 anos.
A pesquisa chama atenção também para a baixa procura dos jovens por atendimentos de saúde mental na atenção primária: apenas 11,3% das consultas envolvem essa demanda, enquanto na população geral o percentual é de 24,3%. Estigma, desigualdades sociais, sobrecarga emocional, vulnerabilidade e acesso facilitado a substâncias são apontados como fatores que agravam o cenário.
Outro dado preocupante diz respeito ao risco de suicídio. Entre jovens de 15 a 29 anos, a taxa é de 31,2 mortes por 100 mil habitantes — acima da média nacional, de 24,7. O índice é ainda mais elevado entre povos indígenas, chegando a 62,7, e alcançando alarmantes 107,9 entre homens indígenas de 20 a 24 anos.
Sintomas persistentes de tristeza, mudanças bruscas de comportamento e uso diário de substâncias são considerados sinais de alerta. A Fiocruz destaca que, em casos graves de depressão ou risco de suicídio, a internação hospitalar pode ser necessária. Já para dependência química, abordagens ambulatoriais com acompanhamento contínuo têm apresentado melhores resultados do que internações involuntárias, especialmente quando não há continuidade do cuidado após a alta.
O estudo reforça a urgência do fortalecimento de políticas públicas voltadas à saúde mental da juventude, ampliando acesso à prevenção, acolhimento e tratamento especializado, sobretudo em regiões mais vulneráveis.
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